Conjuntivite: quais os tipos, sintomas e como tratar
18 de Março de 2024
A conjuntivite é a irritação da camada externa que cobre o globo ocular e o interior das pálpebras.
Os sinais mais comuns incluem vermelhidão ocular, sensação de coceira e lacrimejamento. Geralmente afeta ambos os olhos, tem uma duração de até 15 dias e raramente causa consequências permanentes.
Quais são as causas da conjuntivite?
Podendo surgir devido a reações alérgicas desencadeadas por agentes irritantes, como poluentes atmosféricos, fumaça, cloro de piscinas e produtos de limpeza ou maquiagem. Um exemplo comum é a conjuntivite alérgica, muitas vezes desencadeada pela dispersão de pólen no ar.
Vírus e bactérias também podem ser responsáveis pelo desenvolvimento da doença. Nesses casos, a condição torna-se contagiosa e pode ser transmitida por meio do contato direto com as mãos, secreções oculares ou objetos contaminados.
Quais são os tipos de conjuntivite?
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Infecciosa:
A forma mais frequente é a infecciosa, caracterizada pela capacidade de contágio, podendo ser transmitida a outras pessoas pelo ar ou através do contato com superfícies contaminadas. Esta condição pode afetar um ou ambos os olhos e geralmente apresenta sintomas como lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, secreção clara ou amarelada e vermelhidão ocular.
A conjuntivite infecciosa pode ser categorizada em três subtipos:
Viral:
Causada pelo adenovírus. Ao contrário do que muitos acreditam, este tipo não é transmitida pelo ar, mas sim através do contato com as secreções oculares e também por meio de tosses e espirros do paciente infectado.
Bacteriana:
A bacteriana, embora menos frequente que a viral, pode apresentar um maior risco. Sua transmissão ocorre principalmente por contato direto com a bactéria responsável. Assim, se alguém tocar nos olhos ou em superfícies contaminadas, há uma alta probabilidade de infecção ocorrer.
Fúngica:
É desencadeada por fungos e é a forma mais incomum dentre todas as variantes. Ela surge quando os olhos são lesionados por madeira ou quando há utilização de lentes de contato em condições inadequadas. Devido à sua complexidade de tratamento, a conjuntivite fúngica pode resultar em complicações duradouras na saúde ocular.
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Alérgica:
É resultado de reações alérgicas, principalmente a ácaros e pólen. Costuma manifestar-se através de vermelhidão e coceira nos olhos, e não é contagiosa. Existem quatro formas distintas de conjuntivite alérgica:
- Sazonal, frequentemente relacionada com quadros de rinite ou asma, sendo a forma mais prevalente.
- Ceratoconjuntivite atópica, associada à dermatite atópica.
- Primaveril, que se desenvolve na infância e pode persistir até a adolescência.
- Papilar gigante, geralmente vinculada ao uso de lentes de contato.
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Tóxica:
É desencadeada quando os olhos são expostos diretamente a substâncias químicas, como produtos de limpeza, xampus, pesticidas agrícolas ou inseticidas. Embora seja uma forma menos comum, é extremamente perigosa. Se não for tratada adequadamente, pode resultar em complicações sérias para a saúde ocular, podendo afetar a visão.
Quais os sintomas da conjuntivite?
O sintoma predominante da é a vermelhidão ocular.
Além disso, podem surgir outros sinais, tais como:
- Aumento da produção de lágrimas
- Inchaço nas pálpebras
- Emissão de secreção purulenta (caso da conjuntivite bacteriana)
- Sensação de corpo estranho nos olhos, como areia ou ciscos
- Liberação de secreção esbranquiçada (indicativa de conjuntivite viral)
- Coceira nos olhos
- Sensibilidade à luz, acompanhada de dor ao olhar para ela
- Visão embaçada
- Adesão das pálpebras ao acordar
- Em algumas situações, podem ocorrer febre e dor de garganta, o que sugere a presença do adenovírus no organismo.
Quais são os fatores de risco para conjuntivite?
O principal fator de risco envolve o contato das mãos com sujeira ou agentes contaminantes que são levados aos olhos. Além disso, certas condições médicas, como herpes, doenças autoimunes ou virais, podem aumentar a suscetibilidade à conjuntivite.
A diminuição da imunidade também pode facilitar o desenvolvimento da condição. Outros fatores de risco incluem:
- Exposição a substâncias às quais o indivíduo é alérgico (no caso da conjuntivite alérgica).
- Contato com pessoas infectadas pela forma viral ou bacteriana da conjuntivite.
- Uso de lentes de contato, especialmente quando são usadas por longos períodos.
Qual o tratamento para conjuntivite?
O tratamento varia de acordo com o agente causador da doença. Veja como abordar cada tipo:
- Conjuntivite viral: Não há medicamentos específicos para esse tipo, sendo o tratamento direcionado para aliviar os sintomas.
- Conjuntivite bacteriana: O tratamento geralmente envolve o uso de colírios antibióticos, os quais devem ser prescritos por um médico.
- Conjuntivite alérgica: Em casos crônicos, é importante adotar medidas para reduzir a intensidade e a frequência das crises, como evitar coçar os olhos, manter a casa livre de poeira, fazer lavagens oculares e aplicar compressas geladas com água filtrada.