As altas temperaturas e o calor podem aumentar o estresse?
6 de Fevereiro de 2024
No verão, quando está muito quente, é comum as pessoas se queixarem de cansaço, dor de cabeça, pressão baixa e tontura. Esses são os problemas conhecidos do calor, mas nem sempre é fácil perceber como ele afeta a nossa saúde mental.
Qual é o impacto do calor no corpo e na mente? Será que nos tornamos mais estressados em dias quentes? E quais são as consequências a longo prazo disso? Descubra as respostas para essas perguntas e conheça algumas medidas práticas para proteger-se, garantindo assim uma boa qualidade de vida. Continue a leitura para saber mais.
Quais os efeitos do calor no organismo?
A principal repercussão prática do aquecimento global consiste no aumento do número de dias com temperaturas elevadas. Esse fenômeno pode ocasionar o que os especialistas denominam como estresse térmico, caracterizado pela exposição contínua do corpo a altas temperaturas, resultando em uma elevação da temperatura corporal além do padrão normal de 36°C. Grupos com maior vulnerabilidade, como pessoas com doenças crônicas, idosos, gestantes e crianças, requerem uma atenção ainda mais especial.
Durante períodos de calor intenso, é comum o organismo passar por um período de adaptação, o qual podem surgir sintomas como dor de cabeça, desconforto, perda de apetite, transpiração excessiva, sede intensa, aumento da frequência respiratória ou cardíaca, pressão baixa, cãibras e até alterações de humor e redução do desempenho.
Diante dos sintomas mencionados, é crucial levar a pessoa para um ambiente arejado, posicioná-la de maneira que os pés fiquem ligeiramente elevados e buscar métodos para controlar a temperatura corporal. Isso inclui a ingestão abundante de água, resfriamento da pele com água fria e a aplicação de compressas frias no pescoço e nas axilas.
A permanência prolongada em condições de calor intenso também está associada à saúde mental. Isso ocorre porque as elevadas temperaturas incentivam a liberação do cortisol, que é conhecido como o “hormônio do estresse”.
Qual a relação do calor com o “hormônio do estresse”?
Durante o dia os níveis de cortisol podem variar em situações de estresse, incluindo o calor excessivo. O corpo reage de maneira parecida às situações de perigo, ocasionando o aumento imediato do hormônio.
Essa elevação repentina é, de certa forma, uma resposta positiva, pois mantém o corpo alerta para os perigos ao redor. No entanto, surge um problema quando esses picos de cortisol deixam de ser eventos isolados e se tornam prolongados, transformando-se em situações crônicas. Isso é exatamente o que ocorre durante períodos prolongados de temperaturas elevadas: a situação estressante não é resolvida rapidamente, resultando em níveis persistentemente altos de cortisol no sangue.
Como reduzir os efeitos do calor na saúde mental?
Não é possível mapear exatamente o papel do cortisol e do estresse prolongado no desenvolvimento de doenças mentais, mas é seguro afirmar que essa relação existe.
O estresse desencadeia picos na liberação de cortisol, mas é crucial ter em mente que existem outros elementos que influenciam na regulação (ou desregulação) desse hormônio, como a alimentação e o sono. Muitas vezes, esses três fatores estão interligados.
Portanto, para gerenciar os efeitos do cortisol no corpo, é essencial implementar algumas mudanças no estilo de vida, incluindo:
- Sono regulado: tente manter uma rotina com horários predefinidos para dormir e acordar.
- Praticar atividades que te dão prazer: você pode desenhar, conversar com um amigo, ver um filme, entre outras atividades que você goste.
- Praticar exercícios físicos: pode ser qualquer um, como corrida, natação, yoga ou esportes coletivos. Isso pode melhorar tanto a sua saúde física como mental.
- Manter uma alimentação equilibrada: opte por uma alimentação rica em produtos naturais, como frutas e verduras. Mas não esqueça de equilibrar com carboidratos e proteínas.
- Meditar: fazer exercícios de atenção e respiração são ótimos meios para relaxar e aliviar o estresse diário.
As altas temperaturas têm efeitos tanto no corpo quanto na mente. Portanto, além de aprender a lidar com as consequências físicas do calor, é crucial estar ciente de como ele pode afetar a saúde mental.
Ao incorporar ajustes simples no modo de vida é possível reduzir os impactos do calor no organismo, promovendo um estado geral de bem-estar e qualidade de vida.
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