Doação de órgãos: o que você precisa saber
18 de setembro de 2023
A doação de órgãos passa a ser necessária quando a doença em algumas pessoas atinge um estágio onde um ou mais dos seus órgãos passa a não funcionar.
Antigamente para essas pessoas não havia mais tratamento ou forma de evitar a morte, mas hoje, para algumas delas existe a opção de receber um transplante de órgãos, isto é, receber um órgão ou uma parte de um órgão (chamada de tecido) de outra pessoa viva ou morta.
Doação de órgãos é uma ato de dar, em vida ou após a morte, uma parte do seu corpo para salvar a vida ou melhorar a saúde do outro.
Quando pode ocorrer a doação de órgãos?
A doação de alguns órgãos pode ocorrer em vida sem que isso afete a saúde do doador, já outros órgãos ou tecidos só podem ser doados após o falecimento.
Pela lei brasileira a doação de órgãos de doador falecido só é permitida quando ocorre morte encefálica (morte do cérebro e de todas as suas partes incluindo o tronco cerebral que é a parte que controla a respiração, os batimentos cardíacos e a temperatura do corpo). A doação de alguns tecidos, pode acontecer após a morte de coração parado.
Quais órgãos e tecidos podem ser doados?
Nem todo os órgãos e tecidos que estão no nosso corpo podem ser doados, confira quais deles estão aptos para a doação:
- Pulmão;
- Pâncreas;
- Vasos sanguíneos;
- Ossos;
- Intestino;
- Ossículos do ouvido;
- Pele;
- Coração;
- Válvulas cardíacas;
- Córneas;
- Medula óssea;
- Fígado;
- Rins;
- Tendões;
- Meninges.
Qual o destino dos órgãos doados?
Qualquer pessoa que precise de transplante tem direito a ser atendida pelo SUS, Sistema Único de Saúde. O direito à saúde está previsto na Constituição Federal e não pode ser negado.
A Central de Transplantes do Estado acompanha todo o processo de doação de órgãos e tecidos que serão distribuídos para os pacientes. As equipes médicas de transplantes credenciadas inscrevem os pacientes de cada órgão em uma lista única no país que é gerenciada pela Central de Transplantes, essas listas de espera são rigorosamente seguidas, garantindo ao cidadão o seu direito como receptor de órgãos.
Além da posição na lista, existem outros fatores que são determinantes na decisão de quem receberá o órgão primeiro, como a gravidade do paciente, a compatibilidade, em tamanho, idade e fatores imunológicos do doador com o paciente.
As centrais de transplantes em todos os estados do Brasil controlam este processo, desde a confirmação da morte encefálica no doador, passando pela cirurgia de retirada dos órgãos, até a definição do receptor que receberá o órgão doado.
Quem pode ser doador de órgãos e como fazer isso?
Para ser doador de órgãos qualquer pessoa que venha a falecer por morte encefálica e sua família autorizar a doação de órgãos está apto para o processo. Apenas algumas poucas doenças podem impedir a doação, como câncer ou HIV. Já para a doação de tecidos além da morte encefálica o paciente também precisa ter tido morte com coração parado.
O principal passo para ser doador de órgãos é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo, não é necessário deixar nada por escrito que comprove a sua decisão.
Os familiares que podem autorizar a doação são os pais, filhos, avós, netos, irmãos e cônjuge (ou companheiro em união estável).
Como ocorre a doação de órgãos em vida?
A doação de órgãos em vida no Brasil é permitida entre parentes de até quarto grau ou cônjuges. O candidato à doação deve ter uma avaliação bem detalhada de seu médico, deve estar em perfeitas condições de saúde para doar.
Existem muitos fatores importantes para poder doar órgãos, como a compatibilidade sanguínea que é primordial para a doação entre vivos. Há também testes especiais para selecionar o doador que terá maior chance de compatibilidade entre os parentes investigados.
A doação em vida pode ser de um órgão duplo como o rim ou uma parte de um órgão, como o fígado, o pâncreas ou pulmão. Ou ainda, de um tecido como a medula óssea. Porém a doação só acontece se não representar nenhum risco à saúde da pessoa que doa. A Lei Brasileira sobre transplantes não permite que a doação afete de maneira grave a qualidade de vida do doador.
Lembre-se sempre! Um dos fatores mais importantes relacionados à doação de órgãos e tecidos é a gratuidade. Em hipótese alguma a doação pode ser motivada por fatores econômicos, seja na doação pós-morte ou doação em vida. Tal ato configura-se como crime e atenta diretamente a dignidade humana e ao ideal de doação de órgãos sem discriminação. O tráfico de órgãos deve ser urgentemente denunciado.
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