Unaids se diz satisfeita após EUA autorizarem tratamento preventivo
18 de julho de 2012
País aprovou na segunda (16) pílula para combater contágio do HIV. ‘Truvada’ está registrado no Brasil, mas ainda não será usado pelo SUS.
A Agência das Nações Unidas de Luta contra a Aids (Unaids) comemorou nesta terça-feira (17) a aprovação nos Estados Unidos do primeiro tratamento preventivo contra a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
Segundo um comunicado publicado em Genebra, a Unaids indica que esse se trata de um “tratamento destinado a prevenir a transmissão sexual do HIV (vírus da imunodeficiência humana) para pessoas que não possuem o HIV, mas que são consideradas de risco”.
A Agência Americana de Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) aprovou na segunda-feira (16) o antirretroviral Truvada para tratamento preventivo, o que, segundo as autoridades, contribuirá para reduzir o número de novas infecções.
O Truvada deve ser tomado diariamente e “utilizado como um profiláctico antes de um contato com o HIV. Deverá ser combinado com medidas de prevenção – monitoramento regular e tratamento de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) – para impedir a transmissão do vírus entre adultos de alto risco”, destacou a agência.
“O Truvada não pode substituir as práticas sexuais seguras”, insistiu a FDA em comunicado. A autorização foi dada pouco antes de uma conferência internacional sobre a Aids que vai ocorrer em Washington de 22 a 27 de julho. O custo do tratamento deve ficar entre US$ 12 e 14 mil anuais.
No Brasil
Em maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou o Truvada no país. Com isso, sua comercialização em solo brasileiro está autorizada, mas isso não significa que a droga passará automaticamente a ser usada aqui para o tratamento ou prevenção de pacientes com HIV pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Departamento de DST Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde afirmou que o registro da Anvisa não vai modificar, no momento, a estratégia brasileira de combate à doença. Embora alguns estudos mostrem que o remédio exerce um papel protetor, ainda não está claro para o departamento como isso seria aplicado em uma ação de saúde pública.
Fonte: Portal G1