Saber o que consome traz vantagens à saúde

15 de outubro de 2013

pratoEm 2011, os brasileiros consumiram 3,5 milhões de toneladas de feijão e 8,7 milhões de toneladas de arroz. Juntos, esses alimentos são uma excelente fonte de aminoácidos, muito mais do que se fossem consumidos separadamente. Antes presença obrigatória na refeição, a dupla tem perdido espaço para combinações nem sempre benéficas à saúde.

Pela praticidade e as múltiplas escolhas, o sistema self-service é, sim, uma forma segura para se obter uma refeição completa em nutrientes e a custo acessível. “As saladas, além de saudáveis, são mais leves e contribuem para reduzir o custo final. Todavia, é preciso um cuidado redobrado na escolha dos molhos. Podem se tornar uma armadilha calórica”, destaca Clarice Vergara, coordenadora do curso de Nutrição da Universidade de Fortaleza.

Aprimoramento

A presença do nutricionista no staff dos restaurantes tem sido hoje uma mudança extremamente positiva. “A parceria entre nutricionistas e chefs está se consolidando, pois os mesmos aliam sabor e saúde e todos saem ganhando, principalmente o cliente”, afirma.

Como profissional de saúde, o nutricionista pode atuar em várias frentes: na alimentação coletiva, na nutrição clínica (hospitais e clínicas), na saúde coletiva (políticas e programas institucionais); docência; nutrição esportiva; marketing na área alimentar e nutricional e na indústria de alimentos. O técnico em nutrição e dietética atua sob a supervisão direta do nutricionista.

Em família

A dimensão afetiva da alimentação, que engloba a relação com o outro, está presente nas refeições familiares, momentos de encontro, de conversação, de troca de informações e afeto.

“A redução destes momentos de convívio familiar resultará em um impacto prejudicial no desenvolvimento das crianças”. Clarice Vergara explica também que, no âmbito da alimentação em si, a refeição em família é justamente o momento para que sejam transmitidos os bons hábitos alimentares.

Programação

Para marcar o Dia Mundial da Alimentação, o curso de Nutrição da Unifor, em parceria com o Grupo M. Dias Branco promove uma série de atividades a partir de hoje e prossegue até sábado, dia 19.

O primeiro evento será o Seminário de Nutrigenética e Nutrigenômica, que tem como um dos palestrantes Diego Capponi, presidente da DF Medica S.R.L, ocasião em que será apresentado o Centro de Pesquisa (DNA Wellness Research) da DF Medica.

Amanhã o dia será dedicado a várias ações na Avenida Beira Mar e na Praça do Ferreira, enquanto que no dia 17 haverá o Seminário Itinerante de Atualização Profissional do CRN6. Dia 18 está reservado para o Seminário de Nutrição e Transtornos Alimentares e também para o mini-curso Linha de Cuidado do Sobrepeso e Obesidade no Sistema único de Saúde: a contribuição do nutricionista.

Já o dia 19, encerra o evento com o Seminário de Nutrição e Saúde.

Sobre pães e massas

O consumo de carboidratos (massas e pães) é um hábito cercado de mitos. As dietas mais eficazes para a perda de peso se baseiam em proporções adequadas dos macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas).

Para esclarecer essas questões, amanhã, Dia Mundial do Pão, instituições como a Unifor (curso de Nutrição) e o Iprede realizam uma ação educativa na Av. Beira Mar, das 6h30 às 8h30.

Entre as dúvidas está a de que para perder peso é preciso cortar os carboidratos da dieta (em especial pães e massas). Trata-se de um mito, uma vez que o ganho de peso se dá pelo excesso de calorias ingeridas independente de onde sejam.

A má fama dos pães e das massas deve-se ao fato de serem alimentos com muito carboidrato (são do grupo dos energéticos). Importante: cada uma grama de carboidrato fornece quatro calorias, a mesma quantidade da proteína (presente em várias dietas).

Valor calórico

Ricas em carboidratos, as massas são utilizadas por muitos praticantes de atividades físicas como fonte de energia. Por exemplo, 100 gramas de macarrão fornecem cerca de 109 Kcal, enquanto as mesmas 100 gramas de arroz fornecem 164 kcal. O problema maior está no molho (os à base de queijo são os mais calóricos e podem ser substituídos pelos de tomate). Outra opção é dá preferência às massas integrais, cuja farinha integral é rica em nutrientes e fibras.

Ao contrário do que muitos pensam, massas e pães podem ser consumidas à noite, sem problemas. O mais importante é ficar atento a quantidade e ao horário da refeição (a dica é comer pelo menos duas horas antes de ir para a cama e preferir as opções integrais). Detalhe importante: os carboidratos contribuem para a produção de serotonina, hormônio de combate à ansiedade e à insônia (também favorecem a produção de melatonina).

Boas condutas

Desligue a televisão na hora das refeições e coma em volta da mesa (com a presença das crianças). Quando se come assistindo a tv, perde a noção de quantidade, não mastiga o suficiente e, em geral, nem sabe o que está ingerindo;

Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Prefira água no intervalo das refeições;

Diminua progressivamente o consumo de refrigerantes, pois a maioria contém corantes, açúcar aromatizantes ou edulcorantes. Sucos industrializados são ricos em açúcar. O consumo deve ser moderado; diluir com água ou escolha os diet ou light;

Não consumir mais do que duas ou três xícaras de café por dia. Pode substituir por chás de ervas frescas sem açúcar. O café deve ser evitado por crianças, adolescentes e idosos, além de pessoas que têm dificuldade de dormir;

O consumo de sal diário deve ser no máximo de 5g (1 colher rasa por pessoa). Isso significa que o consumo atual médio de sal pela população deve ser reduzido à metade. Por isso, reduza a quantidade de sal nas preparações e vite o uso de saleiro à mesa;

Os melhores lanches, entre as refeições, são frutas frescas ou sucos de frutas frescas sem açúcar adicionado;

Nos restaurantes por quilo (self service e cantinas inicie a montagem do prato pelas saladas (verduras e legumes) e feijões. Tempere a salada com pequena quantidade de azeite ou limão;

Nas refeições fora de casa, evite frituras, salgadinhos, empanados, molhos brancos ou à base de maionese ou queijo;

Evitar o consumo de dois alimentos fontes de carboidratos ou outro grupo (exceção das frutas e legumes);

Fracionar a alimentação em cinco a seis refeições ao dia em intervalos aproximados de três horas. Deve-se evitar refeições volumosas e possibilitar uma maior variedade de nutrientes.

Fonte: Caderno Vida – Diário do Nordeste.


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